Bloukrans Bridge – O salto de bungee Jump de ponte mais alto do mundo!
Na bela Garden Route (um caminho muito famoso entre os viajantes pela da África do Sul) há o Tsitsikamma National Park onde tem várias atrações como Storm River e suas trilhas, a Big Tree, rafiting, a ponte suspensa e a famosa Bloukrans Bridge.
A Bloukrans Bridge não é uma ponte qualquer. Quem passa por ela, sentido a Plettemberg Bay, pode avistar à sua direita um visual incrível entre montanhas, e à esquerda, sem poder distinguir o que é céu e o que é mar, é possível avistar parte do oceano índico.
Quem passa por ela, se quer pode imaginar o que acontece logo ali em baixo. Com 216 metros de altura, é considerada a maior ponte de Bungee Jump do mundo.
Durante toda a viagem, fui encorajada por diversas pessoas, em diferentes momentos a saltar daquela ponte, no entanto, medrosa que sou, logo respondia que vontade tinha, mas me faltava coragem.
Resolvi ir no sábado pela manhã, ver a ponte de perto enquanto tomava o café da manhã no restaurante que há ao lado da ponte.
Chegando, não consegui fazer outra coisa, se não admirar a arquitetura e as pessoas que tinham a coragem de se jogar dali. No mirante que estava, mal dava para ver os saltos, de tão pequena que a pessoa ficava comparada à grandiosidade da ponte.
Como brasileiro tem aos montes pelo mundão, encontramos ali, um grupo de brasileiros que estavam no mesmo hostel que havíamos passado a noite. Em conversa, um deles me desafiou, e meio que sem querer, na mistura de brincadeira e impulso, resolvi saltar.
O que é preciso fazer para saltar
Para saltar é necessário fazer um cadastro, preencher uma ficha, pagar e pesar. Na mão eles anotam com um pincel atômico seu peso e número de cadastro pra organizar os saltos.
Após isso, fui para um outro posto, onde foi colocado o primeiro equipamento de segurança e esperamos o grupo todo se reunir. Dali, seguimos em direção à ponte.
O caminho para o salto
Ao cruzar o portão e saber que não teria volta, meu coração disparou e o nervosismo já se iniciou. Descemos por uma trilha, e ao final dela o instrutor nos perguntou se alguém gostaria de desistir e falou como seria nosso salto.
Seguimos então por uma passarela suspensa e estreita (há quem diga que teve mais medo de cruzar a passarela do que de saltar). Além de estreita, o material do chão era flexível e vazado, o que deixou o caminho bem tenso, apesar da linda vista dali.
Ao chegar no meio da ponte, local que era realizado o salto, havia uma cabine com DJ e tocava um sol bem alto, pra ajudar a controlar a ansiedade.
Minhas mãos nunca suaram tanto na minha vida toda. Eu seria a terceira pessoa a saltar, e a primeira do grupo de brasileiros. Pensei mil vezes em desistir, e me concentrava na música.
Momentos antes do salto
Fui chamada por um dos instrutores, que pediu que ficasse descalça e colocou em minhas canelas uma proteção, como uma caneleira. Pediu que sentasse do outro lado, e enquanto alguém saltava, amarrava minhas pernas. Ele disse: “ Very Strong” e só consegui responder “please!!”
Com as pernas amarradas, já não era possível caminhar. Ele me ajudou a ficar de pé e aos pulos e pequenos passos, com os braços apoiados nas costas dos dois instrutores, fui em direção à beira da ponte.
Uma sensação estranha de vontade de desistir e saber que mais nada poderia ser feito tomou conta de mim. A adrenalina estava a mil! Respirei fundo, dei um sorriso amarelo e um tchau para câmera (pensei que talvez essa seria a última imagem minha viva, então tentei parecer tranquila, rs). Ainda no calor da emoção, coloquei os dedos dos pés rente a ponte. Conforme instruída, tentei contemplar a paisagem, enquanto abria os braços.
O salto
Senti que os dois homens me soltavam, ao mesmo tempo em que ouvia “ 3, 2, 1… JUMP!” Tudo aconteceu no automático e não podia raciocinar, o que nunca me imaginei fazendo na vida, fazia naquele momento.
Ao ver que nada mais me segurava, me atirei de uma ponte a 216 metros de altura. Milhões de pensamentos e sensações passaram por mim naqueles poucos segundos que pude eternizar na memória.
É como disse ao voltar do salto, uma sensação indescritível! Me senti livre, e por algum segundos despenquei em queda livre. Senti a resistência do ar contra meu corpo e mesmo sabendo que era seguro, não pude deixar de me imaginar espatifando no chão lá em baixo. Por um segundo pensei em desistir e em quão louca estava sendo fazendo aquilo, mas não tinha volta.
Em silêncio, com um turbilhão em minha cabeça, curtia a linda paisagem, até sentir que estava presa a alguma coisa. Não senti o tranco do elástico, como imaginei que seria, e ao saber que não morreria naquele dia, soltei um grito longo, misto de alegria e alívio.
Após o salto
Enquanto aguardava o resgate, sentia meus pés escorregando, e naturalmente tentei fazer uma alavanca com os pés, como se isso fizesse toda a diferença do mundo. Já estava preparada para isso, pois várias pessoas que já haviam saltado, comentaram ter sentido a mesma sensação, concluí que era uma coisa normal.
A vista no retorno foi incrível, assim como a sensação pós salto.
Nem por um minuto se quer, me arrependi de ter saltado, e agora sei que foi uma das coisas mais insanas, impulsivas e sensacionais que fiz na vida.
Se estiver por lá, não perca a oportunidade. Salte! Irá amar!
Não se arrependa por estar lá, e não ter tido também um minuto de insanidade.
Local do salto
Tsitsikamma National Park, Bloukrans Bungy
Operadora do salto
Face Adrenalin (link!)
Quanto custa saltar no Bloukrans Bridge
1 salto: O salto na hora custa 950 rands (moeda da África do Sul) e caso agende pelo site o valor é de 900 rands.
2 saltos: Se decidir saltar pela segunda vez no mesmo dia o segundo salto tem um desconto e fica em torno de 700 rands.
Fotos e vídeos feitos por eles por mais 400 rands.
Dica de ouro!
Por via das dúvidas, saltei de estômago vazio para não passar mal, mas depois no restaurante vale a pena tomar aquele chopp para comemorar o salto!
2 comments
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