Viver em outro país é muito além do que simplesmente sair de casa. É optar por entrar em uma zona de desconforto e permanecer ali até que as coisas se organizem, mesmo que temporariamente.
Tenho a sensação de que quando tudo se organizar será a hora de fazer as malas pra voltar e mais uma vez me reorganizar. Isso soa meio confuso, talvez.
Morar do “outro lado do mundo” exige diariamente uma série de adaptações.
É preciso adaptar com as mudanças com o clima, alimentação, cultura…é preciso adaptar até com a água que é completamente diferente da água do Brasil e com o sol que me acorda todos os dias as 5 da manhã de um jeito que me parece faltar com respeito.
E se não bastasse todo esse processo de adaptação é preciso saber lidar com o que ficou pra “trás” e compreender que, por mais que eu me esforce pra continuar fazendo parte de tudo lá é impossível… E tenho, a contra gosto, que me desligar de algumas coisas.
As vezes dá a sensação que eu quero viver dois mundos em um. Principalmente quando abro o Whats App pela manhã e percebo que aconteceu toda uma vida “a noite” que eu não participei. (Me refiro as 13 horas de diferença e dos grupos de amigos).
Acho que isso soa mais confuso ainda…
Então, quando somo todos esses fatores e encontro um resultado satisfatório (mais conhecido como felicidade) é a hora que admiro imensamente a força de todas as pessoas que estão por aqui em busca de seus sonhos, planos e desafios.
E olha que eu nem falei de saudade…